A infecção por Papiloma Vírus Humano (HPV) é extremamente comum, porém resulta em câncer cervical em apenas uma pequena proporção de mulheres infectadas, estimando- se que 75 a 80% dos adultos sexualmente ativos adquiram o HPV antes dos 50 anos.

As alterações glandulares reativas, como nas inflamações, endometriose, cistos mesonéfricos, ectrópio cervical, úlceras associadas a infecções sexualmente transmissíveis, fazem parte do diagnóstico diferencial do câncer cervical.

O HPV é fator central no desenvolvimento do câncer cervical e pode ser detectado em 85,7%, sendo o mais comum tipo histológico o de células escamosas (69,9% cervicais) e os adenocarcinomas (25%).

A maioria das infecções por HPV é transitória e o vírus apenas não é suficiente para causar neoplasia cervical, havendo a persistência da infecção pelo HPV, o tempo desde a infecção inicial até o desenvolvimento de Neoplasia Intra-Epitelial Cervical de alto grau (NIC) e, finalmente, o câncer invasivo leva em média 15 anos, embora tenham sido relatados cursos mais rápidos.