GABARITO: ALTERNATIVA E

A anemia inflamatória de doenças crônicas é um estado de anemia leve a moderada ocasionado por doenças inflamatórias crônicas como infecções crônicas, condições reumatológicas e algumas neoplasias.

Nessa condição, há produção de citocinas inflamatórias que inibem a produção de eritropoetina, hormônio renal que estimula a produção de hemácias. Além disso, estimulam a secreção de hepcidina, uma proteína hepática que age degradando a ferroportina, principal carreador transmembrana de ferro.

Sem ferroportina, os enterócitos são incapazes de lançar à circulação o ferro absorvido pela dieta. De forma semelhante, o ferro intracelular das células de reserva hepáticas fica “aprisionado” pela ausência de seu transportador transmembrana.

Esse estado de aprisionamento intracelular do ferro compromete os níveis séricos desse nutriente, fazendo com que diminua seu aporte à medula óssea.

Assim, com menos ferro disponível para a produção de hemoglobina, as hemácias não conseguem completar seu crescimento normal, tornando-se menores em tamanho e teor de hemoglobina, ou seja, microcíticas e hipocrômicas.

É dessa forma que se instala a anemia de doença crônica, um estado de indisponibilidade funcional do ferro, em que há reservas de ferro repletas (representadas por ferritina normal ou alta) mas incapazes de manter seus níveis circulantes (ferro sérico e saturação de transferrina reduzidos).

Seu diagnóstico é feito principalmente pelo perfil de ferro típico: ferritina normal ou alta, ferro sérico e saturação de transferrina reduzidos. Já o tratamento basicamente exige o controle da doença de base.

Com isso em mente, vamos encontrar a alternativa correta: