Caro(a) estrategista, o tamponamento nasal é uma das opções no controle das epistaxes podendo ser realizado nas formas anterior e posterior. A Santa Casa de Limeira neste avaliou o conhecimento sobre o tamponamento posterior, importante para o controle de epistaxes originadas nesta região.

Vamos revisar um pouco sobre epistaxes para em seguida comentarmos especificamente sobre este procedimento.

A localização mais frequente da origem das epistaxes em indivíduos previamente hígidos é na região anterior, com aproximadamente 90% dos casos.

Guarde o plexo de Kiesselbach.

Podem ainda ocorrer sangramentos na região nasal posterior, geralmente oriundo de ramos da artéria esfenopalatina. Estas epistaxes são mais volumosas e apresentam um controle clínico mais difícil.

Como a maioria dos casos ocorre na região anterior e oriunda do septo nasal, a conduta inicial deve ser aplicar pressão direta (seja com compressão diginal ou tamponamento anterior).

Inicia-se com uma compressão digital, podendo também utilizar de algodão com vasoconstrictores nasais.

Não utilizar diretamente adrenalina na mucosa nasal.

Em casos de sangramentos recorrentes deve-se orientar:

• Pressionar o nariz entre o polegar e o indicador

• Limpeza nasal, assoar o nariz para remover coágulos de sangue remenescentes e

• eventualmente oximetazolina 0,05% spray

Cauterização da área afetada pode ser uma conduta adquada, mas não no momento do sagramento.

Caso persista o sangramento, podemos realizar um tamponamento nasal anterior com gaze impregnada com vaselina para fazer uma compressão continua na zona de kiesselbach enquanto se aguarda a ação da hemostasia

Já nos casos de sangramentos mais intensos e refratários a provável origem deve ser a região nasal posterior, sendo inadequadamente tamponada com o tamponamento anterior.

Este tamponamento deve ocluir a rinofaringe objetivando evitar descida de sangue para a orofaringe e laringe bem como tentar tamponar os vasos da região posterior da fossa nasal, que como já citado apresentam epistaxes mais volumosas.

Este tamponamento pode ser executado através da introdução de uma sonda de Foley (sonda vesical de demora) em uma das narinas, e após verificar a sua porção terminal na orofaringe insufla-se o balonete com 30 ml de soro fazendo uma leve tração para que o mesmo fique encaixado na rinofaringe ocluindo a descida de sangue para orofaringe e laringe.

Também pode ser realizada através de passagem e posicionamento retrógrado de gazes amarradas em uma sonda de aspiração que passa pela fossa nasal, é captada pela cavidade oral onde serão amaradas gazes ancoradas e posteriormente posicionadas na rinofaringe. Esta última técnica está ilustrada na figura abaixo: