GABARITO: ALTERNATIVA C

Achados do hemograma devem ser sempre classificados entre aqueles primários da medula óssea (da hematopoiese disfuncional) ou secundário a situações externas, ou seja, as chamadas causas reacionais. Antes de mais nada devemos analisar o hemograma como um todo: glóbulos vermelhos (eritrograma), glóbulos brancos (leucograma) e plaquetas (plaquetograma). Quando focamos as plaquetas, além do número, o tamanho plaquetário (volume plaquetário médio – PVM) e o índice de anisiocitose plaquetária (PDW) podem levar a supor a presença de certos achados. Sempre a visualização do esfregaço periférico ajuda, especialmente no que diz respeito a morfologia plaquetária.

Abaixo eu vou citar algumas causas de aumento no número de plaquetas. Lembrando que o número de plaquetas em si não prediz risco, nem necessariamente se trata-se de uma doença reacional ou clonal.

PRIMÁRIAS (também chamadas de clonais): trombocitose essencial, policitemia vera, leucemia mieloide crônica e leucemias agudas.

SECUNDÁRIAS (reacionais): doenças infecciosas, doenças inflamatórias (artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal, febre reumática), doenças hematológicas (anemia hemolítica, anemia ferropriva), neoplasias (linfomas*, neuroblastoma, hepatoblastoma), pós operatório e pós esplenectomia.

*linfomas são considerados reacionais pois apesar da possibilidade de infiltração medular, não surgem diretamente na medula óssea.