GABARITO: ALTERNATIVA D

Estrategista, a hipopotassemia é definida pelos níveis séricos de potássio (K) reduzidos, sendo em geral K < 3,5mEq/L.

Existem 5 diferentes mecanismos de hipocalemia:

- Baixa ingesta de K: incomum no nosso meio atualmente, mas estados de desnutrição grave com baixo aporte dietético podem estar associados a hipocalemia;

- Pseudohipocalemia: ocorre após a coleta de sangue do paciente. Ocorre em casos de leucemia aguda, sendo que o grande número de leucócitos anormais absorve o potássio que está no tubo coletor, levando a um caso de pseudohipocalemia – ou seja – há redução no K apenas no tubo coletor (no paciente os níveis são normais!);

- Perda urinária de potássio aumentada - pode ser secundária a:

o Medicações que reduzem a reabsorção tubular de K (diuréticos de alça, diuréticos tiazídicos, aminoglicosídeos, anfotericina B e cisplatina);

o Excesso de atividade mineralocorticóide: a aldosterona um dos hormônios que atua na homeostase do K. Sua função é estimular a absorção tubular de um íon sódio em troca de um íon potássio ou hidrogênio. Assim, em casos de excesso de aldosterona, temos maior eliminação renal de K.

o Hipomagnesemia: a deficiência de magnésio inibe a retenção renal de K, promovendo maior eliminação renal deste íon.

o Tubulopatias: ocorre perda renal de K em casos de síndrome de Bartter, síndrome de Gitelman, síndrome de Liddle e acidose tubular renal tipo 1 e 2;

o Bicarbonatúria: o excesso de bicarbonato na urina promove maior secreção tubular de K e portanto maior perda renal. Esse é um dos mecanismos envolvidos na hipocalemia por vômitos.

- Perda extra-renal de potássio: ocorre perda de potássio em fluidos gastrointestinais (diarreia/vômitos), sudorese excessiva, uso de laxativos e uso de circuitos extracorpóreos (hemodiálise ou plasmaférese);

- Mecanismo de “shift”: entrada de K do meio intravascular para o meio intracelular

o Estimulada por insulina, atividade β-adrenérgica (estresse ou uso de β2-agonista), alcalose, hipotermia, anti-psicóticos (risperidona e quetiapina), intoxicação exógena (bário/césio/hidroxicloroquina/agentes tocolíticos)

o Paralisia periódica hipocalemica: decorrente de uma alteração genética que promove fraqueza muscular generalizada secundária a hipocalemia por redistribuição de K.

A tabela abaixo resume as causas de hipocalemia:

Analisando as alternativas, temos: