Os riscos per-operatórios de um paciente tabagista ativo estão relacionados exclusivamente à presença ou não de doença pulmonar relacionada ao tabaco, de forma que na sua ausência, o risco operatório é o mesmo de não fumantes.

A nicotina pelos seus efeitos vasodilatadores potentes pode induzir hipotensão arterial grave pela somatória de seus efeitos com alguns agentes anestésicos.

Pelo fato dos efeitos benéficos da suspensão do tabagismo somente surgirem após 8 semanas de cessação do tabaco, não se recomenda rotineiramente a cessação em período de tempo inferior a este, pois pode inclusive haver aumento de risco per e pós- operatório imediato.

A reposição de nicotina não pode ser usada na estratégia de cessação do tabagismo pré-operatória, por isso proporciona risco operatório semelhante ao do próprio tabagismo.

A cessação do tabagismo reduz as complicações cirúrgicas e clínicas, assim sendo, na avaliação pré-operatória os pacientes devem ser estimulados a cessar o tabagismo independente do intervalo de tempo até a cirurgia programada.