Estrategista, esse curioso fenômeno está intimamente relacionado ao transtorno dos sintomas neurológicos funcionais, nomenclatura conferida pelo DSM-5-TR, é equivalente ao chamado transtorno conversivo. Trata-se da presença de sintomas neurológicos na ausência de patologia neurológica.

Os sintomas mais comumente apresentados são perda de força ou sensibilidade, perda da visão, sensação de “bola na garganta” — também conhecida como globus hystericus —, convulsões e desmaios. Diferentemente do transtorno dos sintomas somáticos, que tem como eixo o sofrimento mental, o foco dos sintomas

conversivos é a perda da função neurológica.

A ocorrência dos sintomas conversivos é quase sempre aguda, durando desde poucos minutos até alguns dias, e o transtorno tende a ser crônico.

Sua prevalência é imprecisa, contudo é mais frequentemente observado em mulheres. Acredita-se que cerca de 5% dos pacientes encaminhados para avaliação neurológica apresentam apenas sintomas conversivos. Como fatores de risco, são notados: baixa escolaridade, histórico de traumas físicos e emocionais.

Quanto ao cerne desta questão, vamos lá: La belle indifférence trata-se da aparente despreocupação ou indiferença, arrogância/prepotência demonstrada

pelo paciente com seu estado de saúde após uma crise conversiva. Esse fenômeno é comumente observado em pacientes com esse transtorno, contudo, não é patognomônico, visto que a literatura descreve que quadros semelhantes podem ocorrem em pessoas "estoicas" e naqueles indivíduos terminais/paliativos já resignados.

Resposta letra B.