Gabarito: alternativa B.

COMENTÁRIO – BRUNO FERRAZ – CARDIOLOGIA / TEMA: CHOQUE

Existem diversos tipos de choque. Nas provas de residência, os mais cobrados são: hipovolêmico, cardiogênico, séptico e neurogênico (distributivo). Por definição, choque é uma condição que leva à HIPOPERFUSÃO TECIDUAL, isto é, não chega sangue nos tecidos. Em cada um deles, há um culpado.

No choque hipovolêmico, a volemia reduzida compromete o débito cardíaco. Como há pouca distensão das fibras cardíacas, há pouca ejeção de sangue. A resposta do organismo será aumentar a resistência vascular sistêmica visando melhorar a perfusão tecidual. Os parâmetros que analisam a volemia estarão baixos (pressão capilar pulmonar e pressão venosa central). O tratamento é com reposição volêmica.

No choque cardiogênico, a bomba cardíaca não funciona adequadamente. Com isso, teremos redução do débito cardíaco. Nesse caso, a volemia está normal ou aumentada e refletirá na elevação da pressão capilar pulmonar (PCAP) e na pressão venosa central (PVC). Assim como no choque hipovolêmico, há aumento da resistência vascular sistêmica visando melhorar a perfusão tecidual. O tratamento envolve o uso de inotrópicos.

No choque séptico, temos intensa vasodilatação periférica mediada pelas citocinas inflamatórias envolvidas na sepse. Com isso, haverá uma hipovolemia relativa (há extravasamento do intravascular). Nesse caso, teremos índice cardíaco aumentado e redução dos parâmetros de volemia (PCAP e PVC). O tratamento envolve o uso de aminas vasoativas e expansão volêmica.

Por fim, o choque neurogênico/distributivo ocorre por redução do tônus vascular. Há redução de todos os parâmetros hemodinâmicos porque o sangue fica retido na periferia. O tratamento envolve o uso de aminas vasoativas e expansão volêmica.

A tabela abaixo demonstra o comportamento dessas variáveis nos diversos tipos de choque: