A comunicação e o vínculo entre o médico e o paciente são fundamentais para o sucesso terapêutico. Muitas vezes, os profissionais se deparam com situações graves clinicamente e que dependem muito da aderência ao tratamento por parte do paciente para que a doença fique compensada. Leia o diálogo a seguir.
Suzana: - Oi, Dr., vim trazer os resultados dos exames que você pediu e acho que não estão nada bons.
Dr. Joel: (após ver os exames): - Verdade, dona Suzana, seu diabetes está bastante descompensado, seu colesterol está alto e seu rim está demonstrando alteração na função.
Suzana: - Bem que o senhor falou, mas eu tô tentando fazer a dieta, já tô comendo bem menos macarrão.
Dr. Joel: -Suzana, com esta hemoglobina glicosilada de 11%, não será mais possível tratar somente com a metformina e glibenclamida, teremos que começar insulina.
Suzana: -Pelo amor de Deus, Dr., não me fale uma coisa dessas que eu prefiro morrer. Minha mãe morreu por causa da insulina.
Dr. Joel: - Infelizmente não tem outra alternativa. Ninguém morre por causa da insulina, não acredite nessas coisas que te falaram. Se você não usar insulina, pode ter danos muito maiores, ficar cega, fazer hemodiálise, amputar uma perna, pode ter a doença mais descontrolada do que já está e isso sim pode ser fatal.
Suzana: - Mas, Dr., eu vi a minha mãe piorar muito, eu tenho pavor de agulha, eu não vou conseguir! Dr., eu prometo caprichar mais na dieta.
Dr. Joel: -Suzana, eu tenho capacidade técnica pra tratar diabetes, te dou garantia de que é sua única opção. Estou fazendo sua receita. A escolha é sua, mas depois não diga que eu não avisei.
Suzana: (pega a receita e com olho lacrimejando diz): - Obrigada, Dr., mas vou tentar mais uma vez com as medicações e dieta, prometo caminhar também.
Em relação às habilidades de comunicação na consulta, Dr. Joel