GABARITO: ALTERNATIVA C

Estrategistas, as propriedades dos testes diagnósticos aparecem de forma recorrente nas provas de Residência Médica. Portanto, você deve ficar atento à esse tema e se manter afiado na conceituação das principais propriedades.

Vamos juntos fazer uma breve revisão do assunto.

1) Sensibilidade: é a capacidade de um teste diagnóstico em identificar uma doença quando ela de fato está presente, ou seja, é a proporção de indivíduos doentes identificados pelo teste (verdadeiro-positivos) em relação ao total de acometidos (verdadeiro-positivos + falso-negativos).

Assim, a sensibilidade pode ser assim calculada:

Figura: Cálculo da sensibilidade. FN = falso-negativos. Fonte: Estratégia MED.

2) Especificidade: é a capacidade de um teste diagnóstico em identificar a ausência de doença quando de fato ela não está presente, ou seja, é a proporção de indivíduos sadios identificados pelo teste (verdadeiro-negativos) em relação ao total de não acometidos (verdadeiro-negativos + falso-positivos).

Dessa forma, iremos calcular a especificidade da seguinte forma:

Figura: Cálculo da especificidade. FP = falso-positivos. Fonte: Estratégia MED.

3) Valor preditivo positivo: indica a probabilidade de um resultado positivo em um teste diagnóstico pertencer à um indivíduo doente, ou seja, é a proporção de verdadeiro-positivos em relação ao total de sujeitos com teste positivo (verdadeiro-positivos + falso-positivos).

O cálculo do valor preditivo positivo é feito da seguinte forma:

Figura: Cálculo do valor preditivo positivo. Fonte: Estratégia MED.

4) Valor preditivo negativo: indica a probabilidade de um resultado negativo em um teste diagnóstico pertencer à um indivíduo sadio, ou seja, é a proporção de verdadeiro-negativos em relação ao total de sujeitos com teste negativo (verdadeiro-negativos + falso-negativos).

Calcularemos o valor preditivo negativo dessa forma:

Figura: Cálculo do valor preditivo negativo. Fonte: Estratégia MED.

5) Acurácia: pode ser definida como a capacidade de um teste em avaliar de forma adequada o estado de saúde dos indivíduos. Em linhas gerais, é o quanto o teste "acerta" - proporção de verdadeiro-positivos + verdadeiro-negativos em relação ao total de indivíduos testados.

Seu cálculo é o seguinte:

Figura: Cálculo da acurácia do teste. Fonte: Estratégia MED.

Após essa revisão, vamos nos voltar para o questionamento da banca: se queremos identificar todos os casos de uma doença presentes em uma população, devemos utilizar um teste diagnóstico que possua a qual característica predominante?

A resposta é a SENSIBILIDADE! Testes altamente sensíveis são capazes de identificar a maioria dos casos de uma doença presentes em uma população. Uma forma fácil de estabelecer esse raciocínio é exatamente avaliar como calculamos a sensibilidade. Volte a fórmula e observe com atenção. Quanto maior a sensibilidade de um teste maior será a proporção de verdadeiro-positivos encontrada, ou seja, maior será o número de indivíduos verdadeiramente doentes identificados pelo teste.

Se imaginarmos uma sensibilidade de 100% para um teste diagnóstico, todos os indivíduos com a doença em estudo seriam identificados por ele, ou seja, teríamos 100% de verdadeiro-positivos e 0% de falso-negativos.

Portanto, concluímos que o gabarito da questão encontra-se na alternativa C.