GABARITO: ALTERNATIVA B

A curva ROC é um dispositivo gráfico onde representamos o número de verdadeiro-positivos do teste em relação à taxa de falso-positivos. Em outras palavras, é a representação da sensibilidade em relação à especificidade (de forma indireta, já que está expressa como 1-especificidade).

Veja que o gráfico apresenta uma linha diagonal. Essa linha representa um teste com 50% de acurácia e indica um teste que não consegue discriminar adequadamente entre indivíduos doentes e saudáveis. Na verdade, se o teste apresenta 50% de acurácia, significa que ao utilizar ele para dizer se uma pessoa está doente ou saudável, é como se estivéssemos jogando uma moeda para o alto e brincando de ‘cara’ ou ‘coroa’, já que essa brincadeira também apresenta 50% de acurácia (1).

Dessa forma, o ideal é que o teste se afaste da curva diagonal em direção ao canto superior esquerdo. Quando mais distante da curva diagonal for o teste, melhor o seu desempenho.

Ainda, a curva ROC é útil para:

Determinar o melhor ponto de corte de um teste diagnóstico (que será o ponto mais afastado da linha diagonal – no nosso exemplo acima, são os pontos B e E das curvas 1 e 2, respectivamente);
Determinar a acurácia ou exatidão de um teste (calculando a área sob a curva);
Comparar testes diagnósticos para a mesma condição clínica, determinando quem é o mais acurado (o mais acurado é o que tem maior área sob a curva – no nosso exemplo acima, a curva 1 apresenta maior área sob a curva quando comparada a curva 2. Portanto, o teste 1 apresenta maior acurácia).

A banca enumera cinco alternativas e solicita que o candidato aquela que está correta. Dessa forma:

Gabarito: “B”.

*Observação: Segundo o livro “Epidemiologia Clínica”, na página 37, confiabilidade é sinônimo de reprodutibilidade ou precisão (2).

Referências bibliográficas:

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Coleção Leitura Crítica de Artigos Científicos. Capítulo 5: Artigos sobre testes diagnósticos. Organizado por Aleida Nazareth Soares e Colaboradores. Disponível em: https://www.sboc.org.br/app/webroot/leitura-critica/. Acesso em 22/07/2020.

Fletcher RH, Fletcher SW e Fletcher GS. Capítulo 3: Anormalidade. Epidemiologia Clínica – elementos essenciais – 5ª edição. Editora Artmed, 2014.