Define-se insuficiência ovariana prematura (IOP) como perda de oócitos antes dos 40 anos de idade. Essa definição é justamente para distinguir a IOP da perda fisiológica da função ovariana, que ocorre na menopausa normal. Antigamente, esse processo também era conhecido como menopausa precoce, mas é um termo que não deve ser mais utilizado, já que IOP reflete melhor a fisiopatologia da condição.

A IOP é responsável por 10% dos casos de amenorreia secundária. Também pode ser responsável por amenorreia primária (p.ex., disgenesias gonadais), se a lesão aos oócitos ocorrer antes da puberdade.

É um distúrbio heterogêneo, com muitas causas possíveis, algumas genéticas (mais relacionadas com amenorreia primária) e outras adquiridas, como infecções (p.ex., HIV); cirurgias que reduzem a reserva ovariana; doenças autoimunes (tireoidite de Hashimoto, vitiligo, lúpus eritematoso sistêmico, púrpura trombocitopênica idiopática, doença de Addison, miastenia gravis, artrite reumatoide, anemia hemolítica autoimune etc.) e radio/quimioterapia. Na maioria dos casos, a causa é desconhecida.

O diagnóstico é feito por duas dosagens de FSH acima de 25 mUI/mL, obtidas com o intervalo mínimo de um mês.