No dia 05 de outubro de 2022, a Secretaria de Saúde do Pará divulgou um comunicado acerca de um caso de Paralisia Flácida Aguda (PFA) em uma criança de 3 anos de idade, residente no interior do estado. O caso teria ocorrido após a administração da Vacina Oral Poliomielite (VOP), com identificação do vírus vacinal nas fezes do paciente. Diante do caso amplamente divulgado pelos meios de comunicação brasileiros associado à queda da cobertura vacinal para a poliomielite em diversas regiões, analise as afirmativas abaixo sobre as vacinas disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI) 2022 contra a referida doença, assinalando-as em verdadeira (V) ou falsa (F) e indicando o item com a ordem correta:
( ) No Brasil, a Vacina Oral Poliomielite (VOP) tem sido utilizada rotineiramente desde 1962. Entretanto, altas coberturas vacinais só foram obtidas a partir de 1980, quando foram instituídos os Dias Nacionais de Vacinação. Desde 2012, o país optou por iniciar o esquema com a Vacina Inativa Poliomielite (VIP), sendo atualmente administrada aos dois e quatro meses com intervalo de 60 dias, completando o esquema de vacinação com a vacina VOP.
( ) A VIP é trivalente e contém os vírus da poliomielite dos tipos 1, 2, e 3, obtidos em cultura celular e inativados por formaldeído. O PNI recomenda a vacinação de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade, como doses do esquema básico.
( ) A vacina inativa atual é de alta potência, sendo eficaz e segura e não provocando poliomielite vacinal. Por estimular baixa imunidade intestinal (imunidade de mucosa), não impede a circulação do vírus selvagem por via intestinal, não protegendo os comunicantes dos vacinados.
( ) A VIP induz níveis adequados de anticorpos séricos, comparáveis aos induzidos pela VOP, em pessoas assintomáticas infectadas pelo HIV. Há evidências, contudo, de que o risco de poliomielite associada à vacina seja maior em pessoas que vivem com HIV/aids; sendo assim, indica-se a vacina inativada em todo o esquema no lugar da vacina atenuada para esses pacientes.
( ) A vacina VIP é administrada por via intramuscular. A via subcutânea também pode ser usada, mas em situações especiais (casos de discrasias sanguíneas). É contraindicação à VIP a reação grave à dose anterior ou a anafilaxia a algum componente da vacina, embora sejam raros os casos.