O divertículo de Meckel (DM) é a anomalia congênita mais comum do trato gastrointestinal. Trata-se de um remanescente do conduto onfalomesentérico embrionário.

O divertículo de Meckel ocorre em 2% da população e tem predomínio do sexo masculino (3 : 1). As suas manifestações

clínicas podem surgir em qualquer idade, porém a incidência decresce com o passar dos anos. Os divertículos de Meckel são classificados como divertículos verdadeiros, ou seja, são compostos por mucosa, muscular e serosa. Tipicamente, se localizam na borda antimesentérica do íleo, entre 45 a 60 cm da válvula ileocecal, chegando até a 120 cm desta. Em boa parte das vezes, o divertículo de Meckel apresenta tecidos ectópicos em sua composição, como mucosa gástrica ou pancreática - mais de 70% dos pacientes sintomáticos têm mucosa gástrica ectópica no divertículo e outros 5% possuem tecido pancreático. A apresentação clínica dos divertículos quase sempre está relacionada às suas complicações, tais como:

• Hemorragia.

• Obstrução.

• Inflamação.

• Perfuração.

O sintoma mais comum é a obstrução decorrente de invaginação ou de volvo intestinal. Além disso, o DM é a causa mais frequente de sangramento gastrointestinal inferior em crianças com idade abaixo de cinco anos, manifestando-se normalmente por enterorragia maciça e indolor.