GABARITO: ALTERNATIVA B

Colega doutor, Questões sobre pneumoconioses (pneumopatias relacionadas à inalação de poeiras em ambientes de trabalho) podem estar em sua prova tanto como generalista como médico do trabalho. Conhecer o fundamental sobre elas é importante, então vamos aproveitar a questão para revisar.

As pneumoconioses são caracterizadas como fibrogênicas e não fibrogênicas, a depender do potencial da poeira em produzir reação tecidual. Apesar da definição, há a possibilidade de poeiras ditas como não fibrogênicas produzirem algum grau de fibrose, de acordo com a dose e das condições de exposição.

Os principais representantes de cada grupo são:

Vamos conhecer essas doenças?

● Silicose: doença pulmonar que reduz a elasticidade do órgão, podendo progredir para a fibrose. É causada pela exposição à poeira de sílica (dióxido de silício – SiO2). As profissões de risco envolvem principalmente a construção civil, mineração, indústrias de cerâmica, agricultura e a metalurgia. Importante ressaltar que a silicose aumenta o risco de câncer de pulmão e também de tuberculose.

● Asbestose: ocorre em decorrência da exposição ocupacional ao amianto (indústria de telhas, de caixas d’água). Cursa com pneumopatia fibrótica e tipicamente exibe suas placas pleurais que se manifestam na radiografia.

● Siderose: decorre da exposição ocupacional à poeira de ferro. Trata-se de um desafio diagnóstico, que não pode prescindir de nexo epidemiológico, já que se assemelha à silicose. Podem ocorrer micronódulos bilaterais na radiografia, porém mais densos que na silicose. A exposição à poeira de ferro é frequente, já que é um dos metais mais utilizados nas diversas indústrias.

● Baritose: relacionada com a exposição à barita (óxido de bário) em indústrias como a petrolífera, sua poeira não determina fibrose (inerte), e pode até ocorrer melhora do aspecto radiológico quando cessa a exposição (por clearence macrófago-linfático). Pode apresentar também adenopatia hilar.

● Estanhose (ou estanose): vinculada à exposição ao estanho, também é inerte ao pulmão (sem potencial fibrótico), determinando quadro respiratório pouco específico (tosse).

Vamos avaliar as alternativas e encontrar a pneumoconiose fibrogênica: