Estrategista, a endometriose é caracterizada pela presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. A principal teoria que explica a fisiopatologia da endometriose é a teoria de Sampson ou teoria da menstruação retrógrada que diz que a endometriose acontece devido ao refluxo de células endometriais através das trompas. Estas células alcançam a cavidade peritoneal e se aderem e proliferam causando os implantes endometrióticos.

A endometriose é uma doença estrógeno dependente. O estrógeno tem o efeito de estimular a proliferação do endométrio e, por isso, estimula a formação dos implantes de endometriose.

Sendo assim o tratamento clínico da endometriose é baseado no bloqueio hormonal, para evitar que o tecido endometrial receba estímulo proliferativo. Este bloqueio pode ser feito com medicamentos como as pílulas anticoncepcionais, os progestágenos, os antiprogestágenos e os análogos do GnRH.

As pílulas combinadas de estrogênios e progestágenos são o tratamento de primeira linha para a maioria das mulheres com dor relacionada à endometriose devido a sua praticidade, disponibilidade e custo. O mecanismo de ação é similar ao dos progestágenos, induzindo a decidualização e atrofia do tecido endometrial ectópico.

Você deve estar se perguntando, como posso dar estrógeno para uma paciente que tem uma doença dependente do estrógeno e ela pode melhorar dos sintomas?

A administração de estrógeno juntamente com a progesterona em pequenas doses, tem o efeito inverso no endométrio. Ao invés de induzir a proliferação faz com que ele se atrofie. E este é o objetivo do tratamento da endometriose: fazer os implantes endometrióticos atrofiarem.

O uso dos progestágenos de forma contínua provoca o bloqueio da ovulação e inibição do crescimento endometrial, com consequente atrofia das lesões endometrióticas. Os progestágenos tem um efeito de “oposição” em relação ao estrógeno.

Agora vamos analisar as alternativas: