ALTERNATIVA CORRETA: B

As alterações no ecocardiograma que indicam disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (VE) são fundamentais para o diagnóstico e manejo de várias condições cardíacas. A disfunção sistólica do VE é geralmente caracterizada pela diminuição da capacidade do coração de contrair e ejetar sangue adequadamente durante a sístole. A medida mais comum usada para avaliar a função sistólica do VE é a fração de ejeção (FE), que representa a porcentagem de sangue ejetado do ventrículo esquerdo a cada batimento. Uma FE reduzida (geralmente abaixo de 50%) sugere disfunção sistólica, refletindo a incapacidade do miocárdio de se contrair eficazmente.

Além da FE, o aumento do átrio esquerdo (AE) é uma alteração ecocardiográfica importante que pode indicar disfunção sistólica do VE. O aumento do AE é uma resposta adaptativa a uma sobrecarga de pressão ou volume crônica no ventrículo esquerdo. Quando o VE se torna disfuncional, a pressão diastólica final aumenta, resultando em um aumento da pressão retrógrada para o átrio esquerdo. Com o tempo, esse aumento persistente de pressão causa dilatação do AE. Portanto, um AE aumentado pode ser um marcador indireto de disfunção sistólica crônica e é frequentemente observado em pacientes com insuficiência cardíaca.

O ecocardiograma também pode revelar outras anormalidades associadas à disfunção sistólica do VE, como a diminuição da excursão sistólica da parede ventricular, afinamento das paredes ventriculares e alterações no padrão de movimento das paredes (hipocinesia ou acinesia). Além disso, a presença de regurgitação mitral funcional, que ocorre devido à dilatação do anel mitral e ao deslocamento dos músculos papilares em um ventrículo dilatado e disfuncional, é outra evidência indireta de disfunção sistólica do VE. Esses achados combinados fornecem um panorama abrangente da função cardíaca e são essenciais para a avaliação do paciente com suspeita de insuficiência cardíaca.