Questão
SP - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP (Hospital de Base de São José do Rio Preto - HB)
2021
Residência (Acesso Direto)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
emergencia-Hospital153685b6de7
Na emergência do Hospital de Ensino, criança de 6 meses é atendida com febre, palidez, prostração, vômitos, convulsões, manchas vermelhas no corpo, taquicardia e taquipneia. É internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com quadro de choque séptico indo a óbito no mesmo dia com suspeita diagnóstica de Doença Meningocócica (DM). O caso foi notificado às autoridades competentes. Na investigação epidemiológica, identificou-se que esta criança é irmã gêmea, portanto contato íntimo, de paciente de 6 meses internado há 3 dias em outro hospital da cidade com suspeita de Meningite. sendo que na baciloscopia do líquor cefalo raquidiano identificou-se diploccos gran negativo, sendo posteriormente confirmado na cultura Neisseria Meningitides Sorogrupo C. Este primeiro caso não foi notificado. As duas crianças tomaram aos 3 meses a 1ª dose Vacina conjugada contra o meningococo do sorogrupo C, conforme Carteira de Vacinação, porém estavam com as vacinas em atraso desde os 3 meses de idade. 

Pode-se afirmar que:
A
Dentre as medidas de controle preconizadas pelo Ministério da Saúde para a Doença Meningocócica, a indicação de quimioprofilaxia, deve ser feita se a ocorrência de caso secundário for identificada na vigència de um surto da doença na localidade.
B
De acordo com o Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN/Ministério da Saúde), a meningite é doença de notificação compulsória dos casos confirmados, porém a adoção de medidas de controle com a quimioprofilaxia é feita em casos que não foram vacinados para a doença.
C
Cabe ao médico e ao hospital, onde a criança foi atendida, diagnosticar e adotar a conduta para o paciente que está atendendo e aos familiares procurar atendimento para a quimioprofilaxia para os demais membros da família na Unidade Básica de Saúde próxima de sua casa.
D
A meningite é uma doença de notificação compulsória a simples suspeita. O primeiro caso deveria ter sido notificado à Vigilância Epidemiológica, possibilitando assim a Investigação epidemiológica, o controle dos comunicantes íntimos e a prescrição de quimioprofilaxia para eles, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde