A laringite viral (crupe) é causada pelo vírus parainfluenza, apresentando coriza e febre baixa antecedendo os sintomas principais. De forma característica, manifesta-se com tosse rouca (ou ladrante), disfonia e estridor, podendo ser classificada como leve, moderada ou grave. A presença de estridor indica obstrução respiratória grave, com iminência de hipóxia, necessitando ser manejada com internação hospitalar e monitorização.

A epiglotite é causada pelo Haemophilus influenzae não tipável, apresentando início súbito de febre alta, desconforto respiratório e estridor. Nesses casos, devemos iniciar antibioticoterapia venosa empírica, internação hospitalar na enfermaria e solicitar exames laboratoriais/cultura para a confirmação da etiologia. Caso ocorra persistência dos sintomas após essas medidas, o manejo deve ocorrer na UTI.

A laringotraqueíte/traqueíte bacteriana, à semelhança da epiglotite, apresenta início súbito num paciente previamente assintomático, cursando com febre alta, estridor, e tosse com eliminação de membranas (crupe membranoso). Porém, nesses casos é obrigatória a intubação orotraqueal imediata, em virtude da iminência de obstrução das vias aéreas pelas membranas aderidas na traqueia.

Difteria, epiglotite e traqueíte bacteriana são patologias infecciosas causadoras de estridor que podem ser preveníveis através de imunização, desde que se contemple todo o calendário vacinal.

A laringite estridulosa cursa com tosse e estridor inspiratório, ocorrendo principalmente à noite. A despeito do estridor, não devemos solicitar nenhum exame laboratorial nem de imagem, fazendo apenas nebulização com oxigênio umidificado na maioria dos casos.