GABARITO: ALTERNATIVA B

Estrategistas, essa questão do SES-DF nos descreve em seu enunciado o chamado VIÉS DE CONFUNDIMENTO.

Vou te explicar o que é isso!

Em linhas gerais, esse viés se dá quando encontramos uma associação entre exposição e desfecho, porém, esta não é do tipo causal e só se deu em razão da presença de um fator de confusão.

O fator de confusão, nada mais é que uma terceira variável na relação, que não foi levada em consideração.

Esse fator relaciona-se tanto com a variável exposição (independente) quanto com a variável desfecho (dependente), fazendo parecer, de forma espúria, que exposição e desfecho se relacionam, quando na verdade isso não ocorre!

Assim, do ponto de vista canônico, temos o seguinte:

> O confundimento ocorre quando a variável A está conectada a variável B e a variável C, porém B e C não estão ligadas.

> A partir disso, tendemos erroneamente a crer que B e C estão conectadas, porém, a verdade é que ambas essas variáveis estão ligadas a A, o que produz uma relação falsa.

A figura abaixo exemplifica tudo que foi acima descrito de forma gráfica.

Figura: Em 1 temos uma verdadeira relação de causalidade entre exposição e desfecho, ou seja, a exposição leva, de fato, ao desfecho e isso é real. Em 2, temos uma relação causal obscurecida pelo fator de confusão. Cremos que a exposição está relacionada ao desfecho, mas isso não ocorre na realidade. O que está acontecendo é que existe um fator de confundimento ligado às duas variáveis, nos fazendo acreditar que a relação causal inexistente, existe. Fonte: Estratégia MED.

Por fim, para nos certificarmos que você compreendeu o que é viés de confundimento, vamos exemplificar uma situação onde ele ocorre.

Certa vez observou-se um aumento da incidência de infarto agudo do miocárdio em consumidores de café. Imediatamente postulou-se: o consumo dessa bebida (exposição) está relacionado de forma causal a ocorrência de infarto (desfecho). Porém, avaliando melhor os dados, observou-se que existe, dentro da população consumidora de café um maior número de tabagistas. Logo, o aumento da incidência de infartos estava muito mais relacionado ao uso tabaco (fator de confusão) do que o consumo de cafeína.

Veja que o tabagismo correlaciona-se tanto com o hábito de ingerir café quanto com a ocorrência de doença arterial coronariana.

O tabaco foi o "fator" não levado em consideração e acabou por prejudicar a avaliação da relação causal, gerando confundimento.

Assim, iremos assinalar a alternativa B como o gabarito da questão.