GABARITO: ALTERNATIVA E.

Caro aluno, as mães diabéticas, principalmente as mal controladas, tendem a apresentar mais complicações fetais, como abortos, óbitos fetais ou patologia neonatais.

O principal distúrbio é a hipoglicemia neonatal, devido à hiperinsulinemia fetal.

Vamos pensar, o excesso de glicose é transmitido para o feto via placenta. Ele responde produzindo insulina, ficando em estado hiperinsulinêmico constante. Ao nascer, a transmissão de glicose cessa, mas o estado hiperinsulinêmico permanece, provocando hipoglicemia reflexa neonatal.

Mas não é só isso! No período fetal, especialmente no primeiro trimestre, a glicose age como fator de estímulo ao crescimento e desenvolvimento dos órgãos.

A hiperglicemia então pode levar ao crescimento excessivo, gerando bebês macrossômicos ou grandes para a idade gestacional. RNs grandes podem sofrer tocotraumatismos por dificuldade na extração na hora do parto.

O crescimento desenfreado também pode ser teratogênico, e levar a malformações, principalmente cardíacas, hipertrofia do miocárdio e cardiomegalia.

Já a hiperinsulinemia fetal aumenta o metabolismo e o consumo de oxigênio, elevando o número de hemácias, sendo assim, esses bebês, ao nascer, tendem a apresentar policitemia e consequentemente, hiperbilirrubinemia neonatal. Por fim, ela pode causar atraso na produção de surfactante e a síndrome da angústia respiratória do neonato. Observe o quadro abaixo.

Então, a única manifestação relacionada à diabetes gestacional é a hiperinsulinemia neonatal.