GABARITO: ALTERNATIVA D

O trauma pélvico é uma condição bastante dramática. Sabe-se que um sangramento secundário à fratura de pelve é capaz de depletar a volêmia completa de um paciente.

Além disso, em decorrência da grande monta de sangramento e fenômenos inflamatórios secundários ao trauma, uma série de distúrbios fisiológicos podem surgir. Inclusive, a temida tríade letal do trauma, caracterizada por acidose, hipotermia e distúrbio de coagulação.

Considerando que já foram feitas as medidas para estabilizar coluna cervical, garantir patência de via aérea (A) e ventilação (B), estamos autorizados a partir para a avaliação da circulação com controle de hemorragia (C).

Nessa etapa da avaliação do paciente politraumatizado, é preconizada a reposição volêmica e o controle de hemorragia.

Desse modo, a primeira medida é conter o sangramento da pelve, através da imobilização da pelve com lençol, tala flexível ou dispositivos específicos de imobilização (pelvic binders). Nos centros de trauma, nos casos de instabilidade pélvica associada à instabilidade hemodinâmica, pode-se indicar a fixação externa da bacia na sala de trauma.

A ultrassonografia na sala de trauma está indicada para o diagnóstico de lesões abdominais associadas que possam constituir outros focos de sangramento, pois isso muda a conduta terapêutica.

Pacientes instáveis, sem resposta à reposição volêmica e com FAST positivo devem ser submetidos ao tamponamento extraperitoneal infraumbilical (para o controle do sangramento pélvico), assim como laparotomia supraumbilical para o controle do sangramento advindo das vísceras abdominais. Além disso, deve-se proceder com a fixação externa e arteriografia intraoperatória, com embolização dos focos de sangramento arterial na pelve.

Pacientes instáveis com FAST negativo devem ser submetidos à laparotomia infraumbilical com tamponamento pélvico extraperitoneal, assim como a fixação externa e arteriografia intraoperatória, com embolização dos focos de sangramento arterial na pelve.