Discussão da questão

O que o examinador quer saber com esta pergunta?

Questão direta sobre aspectos epidemiológicos anatômicos da fratura do escafoide.

O que você precisa saber para responder a esta pergunta?

Fratura do escafoide

O escafoide é o osso mais fraturado do carpo. É uma fratura de pacientes jovens, que ocorre com a queda com o braço estendido e o punho estendido acima de 90 graus. Neste ponto, em vez de o carpo fazer pressão contra o rádio distal e levar à sua fratura, o escafoide fica em uma posição de alavanca entre o carpo e o rádio, levando à sua fratura.

O terço médio, também conhecido como colo, é o mais fraturado do escafoide, em até 80% dos casos. O polo proximal, o mais sensível a pseudoartrose, é fraturado em 10 a 20% dos casos.

Nas crianças, as fraturas são raras e geralmente ocorrem no terço distal.

Existem três achados clínicos que levantam a suspeita de fratura de escafoide, em uma história compatível:

Dor à palpação da tabaqueira anatômica: permite avaliar o corpo do escafoide.

Dor à palpação da tuberosidade do escafoide: na região volar do punho.

Dor à pistonagem do polegar: estabiliza-se o primeiro metacarpo e se faz uma pressão axial, que deve levar a dor no escafoide.

A combinação destes três achados leva a uma sensibilidade de 100% para fratura do escafoide.

Contudo, a fratura frequentemente é sem desvio, e fica a dúvida diagnóstica. Neste caso, há duas opções: imobilizar e reavaliar em 10 dias com radiografia, tempo no qual já houve necrose óssea e é possível avaliar o traço de fratura; ou fazer uma ressonância.

Como, nestes casos, a fratura não tem desvio algum, seu tratamento é conservador. Entretanto, se houver um degrau articular superior a 1mm, é indicado tratamento cirúrgico.