Um garoto de dez anos de idade dá entrada no pronto socorro, vítima de colisão automobilística, em via de alta velocidade. Ele estava sentado no banco de trás do carona, com o cinto de segurança afivelado. Na avaliação secundária, ele está acordado, respira espontaneamente, responde às solicitações verbais e não há déficit motor. Sua ausculta cardíaca e pulmonar é normal. Apresenta FC de 100 bpm e PA de 100 x 70 mmHg. Ele não apresenta sinais de irritação peritoneal, mas reclama de dor abdominal e tem uma equimose na parede abdominal anterior, onde estava o cinto de segurança. A equipe médica tem opiniões divergentes sobre que conduta tomar. Para o Dr. João, o menino poderá ser liberado caso a tomografia computadorizada do abdome seja negativa; para a Dra. Norma, ele poderá ser liberado caso a rotina radiológica de abdome agudo descarte pneumoperitônio e a dosagem sérica da amilase esteja normal; para o Dr. Carlos, o menino poderá ser liberado sem qualquer investigação suplementar ao exame físico, pois não há sinais de sangramento nem de irritação peritoneal; para a Dra. Ana, o menino deveria ficar internado para observação, independentemente da negatividade de quaisquer exames pedidos.
Diante do quadro clínico do paciente e das divergências quanto à conduta a ser adotada, descreva a conduta que você tomaria no caso, podendo adotar e modificar uma entre as propostas pelos médicos ou propor outra inteiramente diferente.