GABARITO: ALTERNATIVA A

Calma, estrategista! Essa questão não é “decoreba”, mas sim muito importante você lembrar, pois é um tema atual e que pode ser cobrado na sua prova de residência!

A glomerulopatia membranosa primária é considerada hoje pela maioria das referências em glomerulopatias como uma doença autoimune. A descoberta nas últimas décadas de um receptor alvo presente nas células podocitárias, o receptor de fosfolipase A2 (PLA2r) e, mais ainda, de um autoanticorpo contra esse receptor (antiPLA2r) foi o substrato patogênico da associação com autoimunidade. A presença do anticorpo ocorre em cerca de 70% dos pacientes com GM primária é principalmente uma classe de IgG (IgG-4) e tem uma elevada especificidade para a condição. Além dos níveis séricos, uma amostra de biópsia renal pode, via imunofluorescência, ser submetida à coloração com anticorpos anti-PLA2r para aumentar a acurácia diagnóstica.

O diagnóstico definitivo da glomerulopatia membranosa é realizado através da biópsia renal, que revela um espessamento da membrana basal glomerular com presença de projeções da membrana denominadas de espículas na microscopia óptica (figura abaixo). A imunofluorescência revela um depósito granular fino de IgG e C3 na porção externa das alças capilares. Na microscopia eletrônica, o principal achado é a presença de depósitos eletrodensos na região subepitelial.

Fonte: Livro Estratégia MED - “Doenças glomerulares” - Nefrologia

Apesar de a biópsia renal ser o padrão-ouro, as principais referências em glomerulopatias sinalizam a possibilidade de um diagnóstico não invasivo, baseado em um quadro clínico sugestivo e elevados títulos de antiPLA2r. Além de diagnóstico, o antiPLA2r pode ser utilizado como monitorização de resposta ao tratamento (quedas nos seus títulos podem preceder uma remissão) e probabilidade de recidivas (aumento dos seus títulos pode preceder uma recidiva).