GABARITO: ALTERNATIVA A

Estrategista,

Estamos diante de uma questão polêmica, uma vez que a banca do CEPOA pergunta sobre o coeficiente que indica a gravidade de uma doença.

Precisamos ressaltar aqui que gravidade é diferente de letalidade.

A gravidade é o indicador que mede a proporção de casos graves de uma doença em relação ao total de casos confirmados.

Em contrapartida, a letalidade é o indicador que informa a proporção de casos fatais em relação ao total de casos confirmados.

De fato, a letalidade pode mostrar indiretamente se uma doença é grave ou não, mas não podemos usar esses dois indicadores como sinônimos.

Dessa forma, a questão já era passível de anulação, uma vez que não consta o indicador de gravidade entre as alternativas. Porém, a questão não foi anulada.

É muito comum encontrarmos questões parecidas entre as bancas de um mesmo estado. Por exemplo, veja essa questão do Hospital Adventista Silvestre (HAS) que, assim como o CEPOA, também está localizado no Rio de Janeiro. A banca também quis saber se o candidato conhece o conceito de letalidade. Existem apenas duas diferenças entre as questões: a banca do HAS utilizou o conceito correto de letalidade e acrescentou uma quinta alternativa (morbidade). Porém, o raciocínio por trás da questão é o mesmo!

Por isso, se você vai prestar prova para um determinado estado, não deixe de resolver as questões anteriores de outras bancas desse mesmo estado! Pode ser que você se depare com alguma questão repetida! para o qual você se candidatou à uma vaga de R1!

HOSPITAL ADVENTISTA SILVESTRE - HAS 2019

Como se chama o indicador, dentre os abaixo, que representa o maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a morte das pessoas?

A) Letalidade.

B) Incidência.

C) Prevalência.

D) Endemia.

E) Morbidade.

Até poucos anos atrás, dizíamos que raiva apresentava letalidade exatamente igual a 100%. Porém, a partir de 2004, a literatura médica passou a registrar alguns casos de sobreviventes após a aplicação do protocolo de Milwaukee. Por isso, atualmente dizemos que a raiva apresenta letalidade próxima aos 100% - sim, ainda é uma doença de altíssima letalidade, mas não mais com 100% de letalidade.

Ainda, a título de curiosidade, o Brasil conta com dois sobreviventes da doença na região Nordeste. O primeiro paciente teve a cura declarada em 2008 e vive na região Nordeste. Ele apresenta sequelas motoras como paraplegia, mas as funções cognitivas estão preservadas. Já o segundo sobrevivente teve a cura declarada em 2017 e reside na região Norte. No entanto, apresenta sequelas motoras e cognitivas.

Por isso, a melhor forma de lidar com a raiva ainda é a profilaxia pós-exposição. É importantíssimo que a população entenda a necessidade de imunização após situações de possível exposição ao vírus da raiva, como nos acidentes com morcego – aliás, o ciclo aéreo é o principal ciclo de transmissão da doença no país.

Vamos analisar as alternativas: