GABARITO: ALTERNATIVA B

Caro aluno, essa é uma questão que aborda os diferentes tipos de diálise no contexto de lesão renal aguda (LRA). Vamos recapitular os métodos de diálise existentes.

Primeiramente, temos duas modalidades principais: a hemodiálise e a diálise peritoneal. A primeira consiste na passagem do sangue do paciente pela máquina de hemodiálise que possui um filtro (o capilar sintético!), onde são realizadas trocas de eletrólitos e perda de volume hídrico entre esse sangue e uma solução de diálise através de difusão, ou seja, por diferença de concentração das substâncias. Essa modalidade possui 3 subtipos no contexto de LRA:

- Hemodiálise clássica: sessão curta de hemodiálise, com duração de até 4 horas, onde há uma rápida troca de solutos entre o paciente e a solução de diálise. Dessa forma, é utilizada em casos de distúrbios hidroeletrolíticos ameaçadores à vida com necessidade de normalização urgente dos níveis séricos: hiperpotassemia e acidose metabólica refratários às medidas clínicas.

- Hemodiálise estendida: sessão mais longa de hemodiálise, com duração de 6 a 12 horas. Nesse subtipo, há mais tempo para remoção de solutos e fluidos, pelo maior tempo de duração da sessão. Dessa forma, é possível uma retirada mais lenta de volume, reduzindo a taxa de remoção em mL/hora. É indicada em casos de balanço hídrico acumulado.

- Hemodiálise continua: esse subtipo possui uma máquina especial onde a diálise é realizada por um período de 24 horas ou mais. Assim, a remoção de fluidos e solutos é extremamente lenta e de certa forma mais fisiológica, proporcionando menos variações abruptas de solutos e fluidos. As principais indicações são disnatremias graves e risco de hipertensão intracraniana.

Em todas as modalidades de hemodiálise o sangue passa por um circuito externo e por isso necessita de anticoagulação para otimizar a terapia. Em comparação com a diálise peritoneal, podemos ter um controle mais preciso da remoção de fluidos, pois esta é programada na máquina de diálise.

A diálise peritoneal consiste na troca de solutos e água através da membrana peritoneal. Da mesma forma que na hemodiálise, essa troca ocorre por difusão entre as substâncias do sangue e uma solução de diálise que é colocada na cavidade peritoneal do paciente. Como a velocidade de troca é dada pelo transporte peritoneal, depende do peritonêo de cada paciente. Assim, a troca de solutos é mais lenta. A troca de fluidos dependente da concentração de glicose da solução de diálise e pode satisfatoriamente controlar os sinais de hipervolemia. Porém, esse fator também é errático e não pode ser programado como na hemodiálise.

A tabela a seguir resume a comparação entre ambas as modalidades de diálise: