GABARITO: ALTERNATIVA A

A hepatite fulminante, também chamada de insuficiência hepática aguda, se caracteriza por uma lesão hepática aguda grave que evolui com encefalopatia hepática e prolongamento do tempo de protrombina (INR ≥ 1,5).

Uma definição mais ampla classifica os pacientes em 3 grupos dependendo do tempo de início da doença e o aparecimento da encefalopatia hepática:

Hiperaguda: < 7 dias.
Aguda: 7 a 21 dias.
Subaguda: entre 21 dias e 26 semanas.

As hepatites virais são as principais causas de hepatite fulminante no mundo. Outra importante etiologia é o uso de altas de doses de acetominofeno (paracetamol). Nos Estados Unidos o uso de paracetamol é a principal causa de hepatite fulminante.

A tabela abaixo lista as principais causas de hepatite fulminante.

Lembre-se que, por definição, os pacientes com hepatite fulminante apresentam encefalopatia hepática. Os pacientes também podem apresentar: fadiga, mal-estar, letargia, anorexia, náuseas, vômitos, dor no quadrante superior direito, prurido, icterícia, ascite, taquicardia, hipotensão, febre, acidose metabólica e insuficiência renal.

As principais alterações laboratoriais da hepatite fulminante estão listadas na tabela abaixo.

Prolongamento do tempo de protrombina: ≥ 1,5 (lembre-se que essa alteração faz parte da definição da hepatite fulminante)
Aumento das transaminases
Aumento das bilirrubinas
Plaquetopenia: ≤ 150.000
Anemia
Aumento da creatinina
Aumento da amilase e da lipase
Hipoglicemia
Hipofosfatemia
Hipomagnesemia
Hipocalemia
Acidose ou alcalose
Aumento do DHL

O tratamento que melhora a sobrevida desses pacientes é o transplante hepático, e a decisão para indicação desse procedimento depende da probabilidade de recuperação espontânea da função hepática. Sendo assim, o grande desafio é reconhecer os pacientes que terão benefício em realizar esse procedimento. Na maioria dos países, os pacientes que evoluem com insuficiência hepática aguda têm preferência na fila do transplante.

Os critérios do King’s college são usados para indicar o transplante nos casos de hepatite fulminante. Esses critérios estão listados na tabela abaixo.

Adaptado de Tratado de Gastroenterologia. Da graduação à pós-graduação, 2016.