Um homem de 64 anos de idade e sua esposa comparecem à consulta médica na Unidade Básica de Saúde, onde têm acompanhado seu problema de saúde e tem o seguinte diálogo:
Médico – Bom dia, seu José, dona Rosa! Por favor, podem se sentar.
José – Obrigado! Minha esposa está ansiosa para saber os resultados dos exames que fiz.
Médico – Sim, vamos conversar sobre isso. Antes, eu gostaria de saber do senhor e de dona Rosa se houve algum sintoma entre esta consulta e a última. Além da amnésia para fatos recentes, dona Rosa comentou que o senhor começou a se irritar com as palavras cruzadas que sempre fez. Houve mais alguma coisa?
José - Algumas vezes, minha esposa precisa me buscar, porque me perco no bairro, quando volto do trabalho. Também, às vezes, confundo em que dia da semana estamos. Mas estou bem, não acho que precise de mais exames. Para que mexer no que está quieto, não é mesmo?
[José tem história de perda de memória há pelo menos 3 anos, principalmente para fatos recentes. O usuário tem deixado o hábito de leitura que sempre manteve. É professor em uma escola de ensino fundamental, onde exerce suas atividades há 25 anos com grande satisfação].
Médico – Em relação aos exames, o senhor e dona Rosa já sabem que o exame físico e neurológico que fiz não demonstrou alterações. O miniexame do estado mental continua com pontuação de 22, o que é baixo para o senhor, que tem 15 anos de escolaridade.
Rosa – Mas o que isso significa? Ele teve um “derrame”? Ele vai poder continuar trabalhando?
Médico – Não, não. Os exames que tenho aqui – tomografia computadorizada do crânio, hemograma, bioquímica [glicemia de jejum, sódio, potássio, ureia e creatinina], VDRL, dosagem de B12, folato e TSH, todos não mostram anormalidades. Assim, isso tudo quer dizer que o seu José tem doença de Alzheimer.
[José permanece em silêncio, porém demonstra apreensão]
Rosa – Isso é grave?
Médico – É uma doença comum em idosos com quadro demencial. Vou passar uma receita de um remédio que deve ser tomado todo dia, a rivastigmina. Também vou encaminhar seu José para um terapeuta ocupacional e um neurologista. Não se preocupem, tudo vai ficar bem! Retornem daqui a três meses para reavaliarmos a medicação. Podem marcar a consulta na recepção.
Em relação à comunicação do diagnóstico, é correto afirmar que