Questão
Estratégia MED
2024
Residência com pré-requisito - Clínica Médica (R+ CM)
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Um homem com 48 anos de idade, tabagista, diabético, em tratamento irregular de hipertensão arterial, é admitido na unidade de emergência de um com quadro de dor torácica de forte intensidade, tipicamente anginosa, associada a diaforese, epigastralgia, náuseas e vômitos. O quadro álgico tem cerca de 4 horas de evolução. O exame físico revelou um paciente com moderado desconforto torácico, ansioso, com pressão arterial (PA) de 102 x 70 mmHg, frequência cardíaca de 102 batimentos por minuto, levemente taquipneico. Ausculta cardíaca: ritmo regular, bulhas normofonéticas, com 3ª bulha e um sopro sistólico suave em foco mitral. A ausculta pulmonar está limpa. O eletrocardiograma mostrou a presença de um supradesnível do segmento ST de 2,5 mm nas derivações D2, D3, aVF e V1, além de infradesnível de ST de 3 mm nas derivações V2 a V4, nas quais são observadas ondas R aumentadas e ondas T positivas proeminentes. Foi administrado ácido acetilsalicílico (AAS), nitrato sublingual e solicitada a infusão de tenecteplase intravenosa em bolus, uma vez que não há serviço de hemodinâmica na região. Enquanto era providenciada a infusão do trombolítico, o paciente apresenta piora dos sintomas e deterioração do quadro clínico. Um novo exame físico revelou que ele se encontra ainda mais pálido e hipotenso (PA: 80 x 46 mmHg), a despeito de sua ausculta pulmonar manter-se sem ruídos adventícios. A ausculta cardíaca não apresentou alterações.

Considerando os dados relatados, a melhor explicação para a piora clínica do paciente é:
A
desenvolvimento de tamponamento cardíaco.
B
desenvolvimento de ruptura de músculo papilar.
C
medicação inadequada em um possível infarto de ventrículo direito.
D
instalação de choque cardiogênico por grave disfunção ventricular esquerda.