GABARITO: ALTERNATIVA A

Estrategistas, questão bem direta e que nos cobra a interpretação de uma imagem!

Se estamos falando de um instrumento de representação gráfica da abordagem familiar, automaticamente podemos eliminar as alternativas C e D, já que tanto o APGAR familiar quanto o PRACTICE são ferramentas estruturadas para compreensão das relações intrafamiliares, não sendo utilizadas figuras gráficas na sua construção e aplicação.

Logo, só nos resta o genograma e o ecomapa.

Qual deles está aí representado?

Vamos entender!

1) Genograma: pode ser definido como um modelo gráfico de representação das relações entre os membros de uma família. Sua construção tem por base a produção de um instrumento capaz de engajar os membros que dela fazem parte, permitindo o conhecimento da equipe de saúde de sua composição, padrões relacionais e dificuldades.

Ao construí-lo, podemos utilizá-lo na caracterização dos grupos familiares cadastrados na Estratégia de Saúde da Família (ESF), por exemplo, objetivando a promoção da saúde da comunidade e a prevenção de agravos. O genograma também permite a visualização do processo de adoecimento e das principais afecções que acometem os membros daquele grupo, permitindo uma maior facilidade na construção de planos terapêuticos e possibilitando à própria família uma maior compreensão sobre o desenvolvimento de suas doenças.

O ponto de partida para a construção de boa parte dos genogramas é o chamado caso-índice, um paciente, que geralmente se apresentará à equipe de saúde como um caso de mais difícil manejo e de maior complexidade, demandando um aprofundamento do conhecimento por parte dos profissionais do seu processo de adoecimento e, portanto, das redes que o cercam.

Assim, de forma compartilhada, o genograma deve ser construído a partir de uma aliança entre os membros da equipe envolvidos no caso, o paciente e sua família. Quanto maior o envolvimento de todos, maior tende a ser o engajamento, a amplitude de informações e eficácia da abordagem.

Por fim, é importante ressaltar que, do ponto de vista técnico, é indispensável que sejam incluídas no mínimo 3 gerações da família para a produção do modelo gráfico, não sendo obrigatória a sua elaboração no primeiro contato com o paciente e seus familiares. Outro ponto que deve ser destacado é que, durante a construção do genograma, não existe uma hierarquia entre aqueles que participam do processo, havendo uma transversalidade nas relações e, acima de tudo, uma valorização de todos, com destaque para a família.

A figura abaixo exemplifica alguns dos símbolos padronizados que devem ser utilizados na construção dos genogramas.

Figura 1: Simbologia utilizada na elaboração do genograma. Fonte: Estratégia MED.

2) Ecomapa: assim como o genograma, é um modelo de representação gráfica. Apesar disso, seu objetivo é um pouco distinto, já que tem por base demonstrar as relações entre o indivíduo e o meio onde vive, permitindo entender seus de vínculo intra e extrafamiliares, em especial os últimos. É uma verdadeira demonstração das redes sociais do sujeito.

Para alguns, em razão desse viés, o ecomapa seria uma ferramenta que complementa o genograma, ampliando a compreensão do indivíduo e sua família ao permitir entender as relações destes com o meio que os cerca (p.ex: vizinhança, grupos comunitários, igreja, trabalho etc.

A figura abaixo exemplifica como um ecomapa é elaborado.

Figura 2: Ecomapa, representação gráfica das relações do indivíduo ou família e os meios sociais. Fonte: Estratégia MED.

Feita essa revisão, fica evidente que a figura representada no enunciado da questão é um ECOMAPA.