GABARITO: ALTERNATIVA A.

Estrategista,

Estamos diante de uma pergunta muito objetiva feita pelo examinador que, por sua vez, deseja saber qual é o indicador de saúde mais sensível às condições socioeconômicas e ambientais.

Ora, entre as alternativas temos os componentes da mortalidade infantil, a mortalidade perinatal e a mortalidade materna. Vamos analisar cada um deles:

1. A mortalidade infantil pode ser subdivida em dois componentes principais, o neonatal (de 0 a 27 dias) e o pós-neonatal (de 28 a 364 dias). Enquanto o neonatal reflete causas ligadas à mãe (causas endógenas) e à assistência ao pré-natal, parto e pós-parto imediato, o pós-neonatal reflete o AMBIENTE que a criança vive. Se esse ambiente não for bom (isto é, se houver precariedade socioeconômica e ausência de serviços básicos como saúde e saneamento, por exemplo), esse componente será elevado.

2. A mortalidade materna, que é óbito de uma mulher que estava no ciclo gravídico-puerperal (isto é, até 42 dias após o fim da gestação) por causas obstétricas diretas ou indiretas, também pode refletir condições socioeconômicas, mas se pauta principalmente na ausência de pré-natal e da assistência adequada ao parto. Portanto, reflete as condições ambientais (como ausência de saneamento básico) em um menor grau.

3. A mortalidade perinatal, que é aquela que ocorre entre a 22ª semana gestacional e 7 dias após o nascimento (por isso é perinatal, pois significa o período ao redor do nascimento) reflete as condições em que a criança foi gestada. Por isso, tem maior relação com as causas maternas e com a assistência ao pré-natal, parto e pós-parto imediato, refletindo pouco o ambiente em que a criança se desenvolve. Observe que as causas de mortalidade perinatal são parecidas com as do período neonatal.

Portanto, aquele indicador que melhor reflete as condições socioeconômicas e AMBIENTAIS é a mortalidade infantil pós-neonatal.