Ao iniciar os atendimentos dos pacientes pela manhã, o médico de família foi solicitado pela equipe de acolhimento da unidade que fizesse uma avaliação de urgência em determinado domicílio, uma vez que haviam ligado e relatado que Sr. Antônio, 60 anos, ainda não havia acordado e estava “estranho”. Como ficava a uma quadra de distância, o médico, a enfermeira e o agente de saúde prontamente se dirigiram até a residência. No meio do caminho sem encontraram com D. Maria (esposa de Sr. Antônio) que já estava indo em direção à Unidade, ela deu um abraço forte em seu médico e disse em meio às lágrimas: “É meu doutor, acho que nosso Antônio se foi...” e caminharam em direção a sua residência. Após realizar o exame físico em seu Antônio, o médico se dirige à família e fala: “Agora ele não vai mais precisar dos comprimidos analgésicos, das fraldas, da alimentação por sonda, pois Sr. Antônio descansou definitivamente”.
Em meio a um misto de alívio e lágrimas de seus 5 filhos e esposa, o médico de família que já tinha um lugar reservado ao pé da cama, pois acompanhava seu paciente há tempos, iniciou o preenchimento da declaração de óbito e no espaço reservado para causa do óbito, escreveu: neoplasia de estômago. ” Ao realizar o exame físico em paciente suspeito de óbito, deve-se atentar aos sinais clássicos de morte.
Dentre esses sinais, estão: