Questão
Exame Nacional de Residência Médica EBSERH (ENARE)
2025
Residência com pré-requisito - Clínica Médica (R+ CM)
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Em uma investigação de quadro de osteomielite, surgiram dúvidas no caso concreto. O paciente de 68 anos era paraplégico e já apresentava uma lesão por pressão crônica em região sacral. No entanto, relatou saída de secreção nos últimos meses e aprofundamento da úlcera, com exposição óssea. O local no entorno da úlcera não demonstrava sinais flogísticos ou necrose. Não havia febre ou sinais sistêmicos de gravidade, e exames laboratoriais também não tinham alterações significativas como leucocitose e marcadores inflamatórios em elevação. Diante da estabilidade do quadro, foram feitas algumas considerações. É correto afirmar que:
A
o diagnóstico pode ser sugerido pela ressonância nuclear magnética da região sacral, mas pode considerar também a biópsia óssea aberta para confirmar o diagnóstico de osteomielite;
B
está indicada a realização de ressonância nuclear magnética ou cintilografia, bem como coleta da secreção para análise de Gram e cultura guiando a terapia antibiótica empírica até os resultados;
C
está indicado o início de terapia antimicrobiana com cobertura para germes aeróbios e anaeróbios por 2 semanas, pela via parenteral; caso se confirme lesão cortical óssea com edema, deve-se prolongar a terapia por 6 semanas;
D
o início do antibiótico não atrapalha a cultura de material ósseo retirado por agulha grossa da ferida, desde que tenha sido suspenso 24 horas antes do procedimento;
E
apesar de medidas de fisioterapia, nutrição e cuidados para com a cicatrização da ferida, somente a descolonização de tecidos moles e pele com antibióticos locais e sistêmicos pode ajudar o paciente do quadro descrito.