Uma jovem de 22 anos, estudante de arquitetura, foi encontrada pelo pai desacordada dentro do banheiro de sua casa, tendo sido levada às pressas para o pronto-socorro mais próximo da residência da família. O pai da jovem, muito aflito, contou que a filha “sempre foi muito saudável”, mas que há alguns meses iniciou tratamento para depressão, com uso de fluoxetina e diazepam, após ter recebido a notícia que só restavam alguns meses de vida para sua mãe. O genitor conta que sua esposa está recebendo cuidados paliativos em casa, explicando, de forma pesarosa, que ela havia “perdido a batalha contra o câncer de mama”, e que as intensas dores sofridas pela esposa geram um grande sofrimento e sensação de impotência em toda a família.
Em uma breve avaliação inicial, o plantonista que recebe o caso observa os seguintes achados: hipotensão, bradipneia, bradicardia, resposta apenas aos estímulos dolorosos e miose bilateral.
Diante deste cenário, o médico rapidamente desconfia de uma intoxicação exógena e solicita a aplicação de: