A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo (M3) de leucemia mieloide aguda (LMA) associado à translocação entre os cromossomos 15 e 17 - t (15;17), que abrange aproximadamente 10% dos casos de LMA. Diferentemente dos outros subtipos de LMA, a LPA ocorre com maior frequência em adultos jovens e tem incidência praticamente estável entre os 20 e 59 anos de idade. A frequência de LPA entre as LMAs é muito variável. Na maioria dos países desenvolvidos, a taxa de prevalência varia de 4% a 15%, enquanto em países de colonização latina e algumas regiões da Espanha, é de 20% a 28%. O tratamento estabelecido para a LPA difere dos esquemas utilizados para as demais leucemias mieloides. A LPA é tratada com uma droga específica, retinoide, o ácido transretinoico (também denominado ácido all-trans-retinoico - ATRA), que induz diferenciação terminal seguida de apoptose das células leucêmicas. Apesar da excelente resposta ao ATRA em paciente com LPA associada ao PML-RARa, portadores de outras translocações envolvendo o RARa apresentam sensibilidade variável a esse medicamento. Cerca de 10% dos pacientes tratados com ATRA associado a antracíclicos apresentam recaída hematológica. Para esses grupos, deve-se buscar outras opções de tratamento, entre elas, o trióxido de arsênico ( ATO ). Nos ensaios clínicos, foi observado o aparecimento de reações adversas em 37% dos pacientes. As reações adversas graves foram comuns (entre 1% e 10% dos pacientes) e esperadas nessa população. São elas: síndrome de diferenciação, SAL, leucocitose, intervalo QT prolongado (4,1 com "torsade de pointes"), fibrilação auricular/agitação atrial, hiperglicemia e uma variedade de reações adversas graves relacionadas com hemorragia, infecções, dor, diarreia e náuseas. Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias - Trióxico de arsênico para o tratamento da Leucemia Promielocítica Aguda (LPA) - CONITEC - 129. SUS 2014. Pelo exposto acima, em pacientes com indicação ao uso de trióxido de arsênico, devemos evitar o uso de outras drogas que prolongam o intervalo QT, entre elas:
Questão
RJ - Hospital Pasteur
2016
Residência (Acesso Direto)
leucemia322a6ffbc4f
A
Amoxacilina.
B
Haloperidol
C
Meropenem
D
Sertralina