O que o examinador quer saber: sobre os sinais de rotura uterina.

O primeiro sinal suspeito de rotura uterina é a alteração da vitalidade fetal com presença de bradicardia fetal. Outro sinal sugestivo de rotura uterina é a palpação de uma depressão em faixa abaixo da cicatriz umbilical, decorrente da distensão do segmento inferior do útero (sinal de Bandl) e o estiramento dos ligamentos redondos, deslocados para a face ventral do útero, desviando-o anteriormente (sinal de Frommel). O sinal de Bandl-Frommel também pode indicar iminência de rotura uterina, embora alguns casos ocorram abruptamente sem identificação dos sinais e sintomas que precedem essa complicação.

Quando a rotura uterina ocorre, a mulher sente dor súbita e em seguida as contrações param com melhora temporária da dor. Logo após, a gestante apresenta sinais de choque hemorrágico com sintomas de mal-estar súbito, aumento da frequência cardíaca e queda da pressão arterial sistólica. Então a ausculta cardíaca fetal se torna ausente e não se sente mais a apresentação fetal ao toque vaginal.

O sangramento é intra-abdominal, muitas vezes não visível ao exame inicial, por isso pode ocorrer dor escapular por irritação do nervo frênico pelo sangramento (sinal de Lafont) e hematoma peri-umbilical por sangramento que atinge o retroperitônio (sinal de Cullen), sinais de hemorragia intra-abdominal. Além disso, pode surgir o sinal de Clark que se caracteriza pela presença de crepitação à palpação abdominal, sugerindo a presença do enfisema subcutâneo decorrente da passagem de ar da vagina, através do útero roto para o peritônio e tecido subcutâneo.

GABARITO: ALTERNATIVA E