Um médico de família e comunidade em uma unidade de saúde localizada no centro de uma grande metrópole, durante uma visita da equipe de Consultório na Rua, atende uma mulher de 18 anos, que é encontrada vivendo em um viaduto. Ela está grávida, aproximadamente no terceiro trimestre (cerca de 32 semanas, segundo seu relato). A paciente não possui documentação, não faz acompanhamento pré-natal e refere não conseguir acessar os serviços de saúde devido a situações de violência que enfrentou ao tentar buscar ajuda anteriormente. Ao exame físico, realizado em condições não ideais, observou-se que ela está pálida, com sinais de má nutrição. O exame obstétrico mostrou um útero compatível com a idade gestacional estimada, mas o batimento cardíaco fetal não pôde ser auscultado claramente com o sonar portátil.
Quais estratégias intersetoriais poderiam ser implementadas para assegurar um acompanhamento contínuo e eficaz para essa paciente durante o restante da gestação e no período pós-parto?