Uma mulher de 42 anos, diagnosticada com esquizofrenia aos 24 anos de idade, em uso de Olanzapina, iniciou há 3 dias sintomas de febre de 39 graus, rigidez em extremidades, confusão mental e episódios de taquicardia. Há seis dias passou em consulta com psiquiatra, que aumentou a dose da Olanzapina e, também, introduziu lítio para melhor controle dos sintomas. Exames laboratoriais coletados no pronto-socorro demonstraram leucocitose importante, com contagem de glóbulos brancos de 33.000, creatinina 3,2, ureia 52 e CPK 5.320. Diante da situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais provável.
Questão
SP - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - SCMSP
2024
Residência (Acesso Direto)
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A
Síndrome neuroléptica maligna é a principal suspeita diagnóstica neste caso, associado a alguma infecção sistêmica como pneumonia ou ITU, visto que nesta doença nunca se observam níveis de leucócitos acima de 20.000.
B
Síndrome neuroléptica maligna é a principal suspeita diagnóstica neste caso e o tratamento é a suspensão da Olanzapina e lítio, tratamento de suporte objetivando manter a estabilidade ventilatória, cardíaca, euvolemia, controle de hipertermia, além de medicações como benzodiazepínicos, dantrolene, amantadina ou bromocriptina a depender do caso.
C
Síndrome neuroléptica maligna não deve ser considerada neste caso, uma vez que a paciente faz uso de antipsicótico há muitos anos e esta condição ocorre apenas no início do tratamento.
D
A principal hipótese diagnóstica neste caso é meningite bacteriana e a conduta é iniciar antibioticoterapia empírica e coleta de LCR de urgência. A paciente não apresenta critérios diagnósticos compatíveis com síndrome neuroléptica maligna.
E
Síndrome serotoninérgica é um diagnóstico diferencial importante a ser considerado, visto que o quadro clínico e fatores desencadeantes são exatamente os mesmos relacionados à síndrome neuroléptica maligna, sendo impossível distinguir ambas clinicamente, apenas laboratorialmente.