Questão
SP - Sistema Único de Saúde - SUS SP
2025
Residência com pré-requisito - Clínica Médica (R+ CM)
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Uma mulher de 90 anos de idade, diabética e hipertensa, acometida de doença de Alzheimer há 15 anos encontrava‑se acamada, dormindo a maior parte do dia, com necessidade de assistência para banho e alimentação adaptada em pequena quantidade. A paciente achava‑se incapaz de realizar outras atividades.

Ela foi levada ao pronto‑socorro pelo esposo e pelo filho, devido à redução importante da ingestão alimentar, ocorrida há quatro dias, no pós‑engasgar do jantar. Foi recebida como não contactante, taquipneica, com roncos e crepitantes difusos, e sinais de esforço respiratório, hipotensa e com perfusão lentificada.

Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa correta.

A
A paciente encontra‑se em fase ativa de óbito. Logo, devem‑se iniciar medidas para a redução da sialorreia e da secreção, além de morfina subcutânea. A família deve ser informada da conduta, já que a decisão de conduta é técnica e deliberada pelo médico.
B
A paciente encontra‑se em fase final de vida, porém ainda não há critérios suficientes para definir como fase ativa de óbito. Para tal, devem‑se iniciar um trial terapêutico com antibioticoterapia, hidratação e medidas para redução de sialorreia e de secreção, além de morfina subcutânea, se necessário. Medidas invasivas seriam consideradas improdutivas, já que a paciente não teria potencial para responder a tais medidas. Deve‑se orientar essa informação técnica à família, para a decisão ser tomada de forma compartilhada.
C
Trata‑se de um quadro de sepse de foco pulmonar. Deve‑se iniciar expansão e antibioticoterapia. Se não houver testamento vital escrito pela paciente, ela deverá ser levada para tratamento em unidade de terapia intensiva, já que apenas a fala da família não tem respaldo legal para a equipe médica.
D
A decisão de condutas deve ser realizada de forma compartilhada entre a equipe médica e a família. Legalmente, considerando todos os familiares aptos, o primeiro responsável pela paciente é o filho, seguido do esposo.
E
Se a equipe médica optasse pela alta hospitalar, sem a realização de medidas ou de medicação, para permitir o óbito fora do hospital, seria considerado ortotanásia