Uma mulher com 28 anos é atendida na unidade básica de saúde pela quarta vez nos últimos 6 meses. Há 4 anos, apresenta dores abdominais do tipo cólica, especialmente em flancos, mesogástrio e hipogástrio, com períodos de constipação e episódios de fezes amolecidas, sem muco ou sangue. Ela relata que as dores melhoram com a evacuação e com a eliminação de flatos. Nega perda ou ganho de peso nesse período. Refere também estar ansiosa e que a ansiedade piorou devido à dúvida se tinha ou não alguma doença grave, como câncer. Conta que é faxineira e mãe de 4 filhos e que tem medo de adoecer e não poder sustentá-los. Acrescenta que já fez diversas investigações, inclusive pesquisa de sangue oculto nas fezes, protoparasitológico das fezes, hemograma, anticorpo antitransglutaminase, TSH, ultrassonografia de abdome e teste de tolerância à lactose, todos com resultados negativos, e que já fez vários tratamentos com albendazol (400 mg/dia até por 5 dias) e/ou secnidazol (2 g/dose única). Ao exame físico, apresenta-se normal.
Nesse caso, a hipótese diagnóstica para a paciente é de