Uma mulher negra de 58 anos chega ao hospital, trazida pelo marido que informa que, ao acordar, ela não conseguia se comunicar verbalmente e não mexia o lado direito do corpo. Teve dificuldades para trazê-la. Ele relata que há dois dias teve episódio parecido, em que não conseguia mexer o lado E do corpo, porém melhorou em aproximadamente 1h. Foi ao posto de saúde, que solicitou exames, porém não houve tempo para realizá-los. Não apresentava pressão alta na consulta médica. Recebeu AAS infantil para tomar diariamente. O exame, apresentava PA 150 x 100 mmHg; FC irregular e dissociada do pulso; não estava febril nem dispneica. Exame físico segmentar sem alterações significativas. Exame neurológico com sopro carotídeo a E, afasia global, hemiparesia (força grau III proporcionada em dimídio D), hiporreflexia (grau I) em dimídio D. Sem alterações aparentes na sensibilidade. Marcha com dificuldade (apoio). Acerca desse caso, assinale a alternativa CORRETA.
Questão
PR - Universidade Federal do Paraná - UFPR (Complexo Hospital de Clínicas - CHC)
2012
Residência (Acesso Direto)
mulher-negra-58-anos150e9a50259
A
O diagnóstico é de AIT recorrente.
B
O diagnóstico é isquemia cerebral secundária à fibrilação atrial.
C
Ao aplicarmos a classificação de CHADS2 para fibrilação atrial, teremos apenas 1 ponto para o evento, pois a paciente é jovem, sem história de hipertensão, comprometimento cardíaco ou diabetes.
D
Se o eletrocardiograma confirmar fibrilação atrial, devemos anticoagular e não trombolisar.
E
Se o ecodoppler de carótidas revelar aterosclerose de grandes vasos (estenose > 50% da artéria carótida interna esquerda), não é possível ter certeza se o evento foi cardioembólico ou aterosclerótico (critérios de TOAST).