ALTERNATIVA CORRETA: B

Fala, Estrategista! Tudo bem? Uma pergunta sobre fisiologia da prolactina! A prolactina é um hormônio produzido principalmente

pelos lactotrofos na hipófise anterior, sob a forma monomérica (que é a biologicamente ativa e corresponde à maior fração da

prolactina secretada), dimérica (big prolactina) e polimérica (big big prolactina); estas duas últimas apresentam tamanho grande

o suficiente para impedi-las de atravessar o endotélio vascular e exercer suas ações nos receptores celulares.

Outro aspecto de que devemos nos lembrar é o fato de que a prolactina é secretada de forma intermitente, com início

no começo do sono, evoluindo em pulsos durante o sono não REM, com posterior diminuição no estado acordado. A ingesta de

aminoácidos também estimula sua secreção, que ocorre em picos de menor amplitude. Por conta disso, é fundamental repetirmos a dosagem de prolactina quando encontramos níveis alterados, pois a primeira coleta pode ter ocorrido durante um pulso hormonal.

Quanto às funções, as mais reconhecidas são a lactogênese e a galactopoiese, uma vez que a prolactina estimula a proliferação e

a hiperplasia das células mamárias para a formação do leite. Sabese que a prolactina também pode ser sintetizada por outros tecidos, como as glândulas mamárias, os ovários e a decídua, e, com isso, possui outras ações, como o estímulo ao comportamento materno (como o reconhecimento do filho que acabou de nascer, gerando “sentimento” de proteção), a angiogênese e a neurogênese.

O controle da secreção de prolactina é feito predominantemente por via inibitória, pela ação da dopamina, produzida pelos neurônios do núcleo arqueado do hipotálamo. O ácido gama-aminobutírico (GABA) e a somatostatina também são capazes de inibir a prolactina. Outros hormônios hipotalâmicos, como o TRH (Thyrotropin Releasing Hormone), a ocitocina (produzida em resposta à sucção mamária, durante a amamentação), a serotonina e o GnRH (Gonadotropin Releasing Hormone) estimulam a secreção de

prolactina pela hipófise. Além dos hormônios hipotalâmicos, os elevados níveis de estrógeno produzidos pela placenta durante a gestação levam à hiperplasia dos lactotrofos, com consequente aumento da prolactina circulante.

A prolactina, por sua vez, causa inibição da secreção de GnRH; por esse motivo, um dos achados clínicos associados à hiperprolactinemia é a amenorreia (se não há liberação de GnRH, não haverá secreção de LH e FSH pela hipófise).