GABARITO: ALTERNATIVA C.

(GIORDANNE - HEPATOLOGIA - CIRROSE)

Há dois tipos de marcadores de fibrose, os marcadores diretos e os indiretos. Os diretos são aqueles que estão diretamente relacionados com a produção e degradação da matriz extracelular, como o ácido hialurônico, o pró-colágeno tipo III e as metaloproteases. Os indiretos não se relacionam com a matriz extracelular, sendo os principais: as plaquetas, as transaminases e as bilirrubinas.

Os marcadores diretos mais utilizados na fibrose são: propeptídeo N-terminal do pró-colágeno tipo III, colágeno tipo IV, laminina, fibronectina, ácido hialurônico e metaloproteinases.

Esses marcadores raramente são usados na prática clínica, sendo muito utilizados em pesquisas. Os melhores resultados foram observados com a avaliação dos níveis séricos de ácido hialurônico.

O índice APRI, que usa como parâmetros a AST e a contagem de plaquetas tem sido usado para avaliação da fibrose hepática. Esse índice tem sido muito utilizado na hepatite C crônica. Um valor de APRI menor ou igual a 0,5 tem valor preditivo negativo de 85% e valor maior ou igual a 1,5 tem valor preditivo positivo de 88% no reconhecimento da fibrose.

O FIB 4 também tem sido muito usado para a avaliação da fibrose hepática em indivíduos com hepatite C. Ele usa como critérios os valores de AST, ALT e plaquetas.

O fibrotest tem alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de cirrose e usa os valores dos níveis séricos de haptoglobina, bilirrubina, Gama-GT, alfa-2 macroglobulina e apolipoproteína A1. Seu emprego na prática clínica é dificultado pois depende da liberação de uma licença do grupo que detém a patente.

O elastograma com o uso do FibroScan avalia a fibrose do fígado pela medida da elasticidade do tecido hepático. Quando comparado com o Fibrotest e com o APRI, para avaliação diagnóstica de cirrose precoce em pacientes com hepatite C, o elastograma teve os melhores resultados, evitando a biópsia hepática em 90% dos pacientes.

A tendência atual é a combinação de pelo menos dois métodos não invasivos de fibrose hepática, como por exemplo: a combinação da elastografia hepática com um biomarcador, com o FIBROTEST ou APRI.