Uma paciente com 66 anos de idade comparece à consulta na unidade básica de saúde, com queixa de tosse produtiva, com escarro amarelado, fadiga, calafrios e mal-estar. Relata dispneia de decúbito e que, nas duas últimas noites, precisou usar dois travesseiros para conseguir dormir, embora, normalmente, use somente um. Afirma que sentiu piora dos sintomas nos últimos dias. Nega dor precordial, dor no ombro ou braço, mialgia, hemoptise, artralgia, náuseas, vômitos, alteração no hábito intestinal. Informa que não fuma e que é portadora de hipertensão arterial diagnosticada há 10 anos, controlada com uso de losartana 50 mg, duas vezes ao dia; que tem história de asma brônquica na infância; que não usa outros medicamentos e que nunca fez cirurgia. Informa, ainda, uso social de bebidas alcoólicas. Realizam-se os exames necessários, cujos resultados são descritos a seguir.
Ao exame físico, apresenta: IMC de 25 kg/m²; T. Ax de 37,5 °C; PA de 136 × 80 mmHg; FC de 88 bpm. À ausculta cardíaca, verificam-se ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, sem sopros, sem atrito pericárdico. À ausculta pulmonar, verifica-se murmúrio vesicular presente em ambos os pulmões, presença de estertores crepitantes na base do pulmão esquerdo, inalterados pela tosse ou respiração. Os exames da cavidade oral e do abdome apresentam-se sem alterações, verificando-se ainda ausência de edema de membros inferiores e saturação de O₂ de 98% (VR: > 95%).
Os resultados dos exames laboratoriais, apresentam leucograma: leucócitos = 9 500 mm³ (VR: 4 500 a 11 000 mm³); neutrófilos = 80% (VR: 40 a 70%); linfócitos = 13% (VR: 23 a 33%); monócitos = 3% (VR: 3 a 7%); eosinófilos = 3% (VR: 1 a 3%); basófilos = 1% (VR: 0,5 a 1%).
A radiografia de tórax, visualizou-se infiltrado na base do pulmão esquerdo, sem outros achados.
Considerando-se o caso apresentado, a hipótese diagnóstica e a conduta esperada correspondem, respectivamente, a