GABARITO: ALTERNATIVA D

Estrategista, questão direta e objetiva a respeito do tratamento do Tromboembolismo Pulmonar (TEP). No entanto, vamos relembrar alguns conceitos acerca do TEP, antes de partirmos para as alternativas?

Também conhecido como embolia pulmonar, TEP é uma síndrome clínica caracterizada pela obstrução da artéria pulmonar ou de um de seus ramos por êmbolos, ar ou gotículas de gordura, provenientes da circulação venosa sistêmica.

Sua apresentação clínica é muito variável, observando-se desde quadros assintomáticos (maioria) até quadros graves com instabilidade hemodinâmica ou até mesmo morte súbita. A apresentação clássica inclui dor torácica aguda, ventilatório-dependente (pleurítica), dispneia, tosse, hemoptise.

A partir do momento em que são diagnosticados, os pacientes devem ser classificados para fins terapêuticos, de acordo com a tabela ao lado. Vale lembrar que o espectro do paciente mais grave (alto risco, TEP maciço) é o que apresenta INSTABILIDADE HEMODINÂMICA, definida de acordo com as últimas recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia (European Society of Cardiology – ESC) conforme a tabela que segue, e o paciente menos grave (baixo risco, não maciço) é aquele estável hemodinamicamente, sem comorbidade grave descompensada, sem disfunção ventricular direita e com troponina negativa.

“Professor, mas são muitas variáveis, não daria para simplificar?”

Excelente pergunta! Veja o fluxograma que segue, também adaptado do último guideline da ESC.

Nele, podemos observar que pacientes de ALTO RISCO devem ser prontamente tratados com terapia de reperfusão (terapia trombolítica), ao passo em que nos outros dois grupos (ou seja, pacientes ESTÁVEIS HEMODINAMICAMENTE), o tratamento não se pauta na trombólise de urgência, mas sim na anticoagulação. Vale lembrar que pacientes que se enquadram no risco intermediário-alto, ou seja, aqueles com troponina positiva associado a disfunção ventricular direita ao ecocardiograma transtorácico pode ser submetido à terapia trombolítica se, e a penas se apresentar deterioração clínica.

A trombólise tem uma evidência mais robusta nas primeiras 48 horas, no entanto pode ser realizada até o decorrer de 14 dias após a apresentação dos primeiros sintomas

Veja os principais regimes de trombolíticos legitimados, de acordo com as últimas evidências na literatura:

Vamos avaliar as alternativas: