Uma paciente foi levada à consulta com seu novo médico de família para o seguimento da obesidade e da diabetes. Nessa consulta, estabeleceu-se o seguinte diálogo entre eles:
— Doutor, não consegui parei de fumar, não comecei a fazer exercício e não mudei a alimentação. Basicamente não fiz nada que o médico antigo mandou.
— Joana, poderia me contar um pouco mais do que aconteceu desde a última consulta?
— Então, doutor, nos primeiros dois dias, até fiquei sem fumar nenhum cigarro, mas, depois, a ansiedade aumentou e, para não descontar na comida, voltei a fumar. Exercício, nem tentei começar, sem condição nenhuma de fazer aqueles 150 minutos por semana.
— Vejo que conseguiu ficar dois dias sem fumar, já é uma nova conquista. Como foram esses dois dias?
— Nossa, doutor, confesso que, no primeiro dia, foi maravilhoso, me sentia realmente satisfeita comigo mesma.
— E estaria disposta a parar de fumar agora?
— Doutor, nesse momento, não quero. Tenho medo de ganhar muito peso por descontar na comida.
— Entendi, mas e se, ao invés de parar de fumar totalmente, tentássemos reduzir a quantidade?
— Acho que a reduzir eu estaria disposta.
— O que acha de reduzirmos de vinte para dez cigarros por dia?
— Acho que será muito pouco para mim nesse momento.
— Seria possível reduzir para quinze? Se precisar, posso te ajudar a modificar seu hábito.
— Para quinze consigo sozinha, doutor.
— Vamos começar hoje?
— Hoje não consigo, mas amanhã posso.
— E sobre os exercícios, acredita que conseguiria começar?
— Nesse momento, não tenho vontade de começar exercícios.
— Tudo bem, já temos uma meta para a próxima consulta: reduzir para quinze cigarros a partir de amanhã.
Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que o conceito predominante em toda a conversa foi o de