GABARITO: ALTERNATIVA E

Correta a alternativa “e”. Mesmo que tenhamos um quadro clínico compatível com faringite estreptocócica, associada a uma epidemiologia favorável, não podemos fazer uso do antibiótico sem realizarmos os testes confirmatórios.

Essa conduta é adotada, pois, como a grande maioria das faringites é viral, e boa parte dos sintomas da faringite por SBHA pode ser verificada por diversos outros agentes infecciosos, não existe nenhum sinal ou sintoma identifica de maneira confiável a faringite estreptocócica.

A confirmação pode vir através de testes microbiológicos positivos para SBHA. Com estes métodos, podemos evitar a utilização desnecessária de antibióticos para crianças com faringites virais, a etiologia predominante.

O teste mais indicado para ser realizado no momento da avaliação é o teste rápido para antígeno estreptocócico.

Este é baseado na extração enzimática ou ácida do antígeno do SBHA dos esfregaços da faringe.

Ele possui uma especificidade > 95%, mas, a sensibilidade varia entre 70 a 90%. Assim, um teste rápido positivo, já autoriza seguramente o início do tratamento.

Caso seja negativo, procederemos com o segundo método diagnóstico mais utilizado que é a cultura da orofaringe.

A cultura tem sido o padrão de referência para o diagnóstico da faringite estreptocócica. Este exame apresenta a mesma especificidade do teste rápido, mas com uma sensibilidade entre 90 a 95% (e essa diferenciação já foi objeto de questão do SUS/RJ).

Contudo, devido a boa especificidade do teste rápido, associado à velocidade de obtenção do resultado (geralmente em minutos), damos preferência a este ao invés da cultura como conduta inicial.