CORRETA: Colangiocarcinoma é um câncer que ocorre nas células dos ductos biliares e é fortemente associado à colangite esclerosante primária (CEP). Estima-se que cerca de 5% a 15% dos pacientes com CEP possam desenvolver esse tipo de câncer. Esse risco aumentado é atribuído à inflamação crônica e cicatrização nos ductos biliares, que podem promover alterações celulares pré-malignas e malignas.

Além do colangiocarcinoma, pacientes com CEP podem desenvolver outros tipos de neoplasias quando a doença progride para outras complicações ou se associa a condições adicionais. Vamos relembrar:

1. Carcinoma Hepatocelular (CHC): Quando a CEP evolui para cirrose hepática, o risco de carcinoma hepatocelular também aumenta. Embora a probabilidade não seja tão alta quanto para o colangiocarcinoma, é importante observar que qualquer condição que leve à cirrose pode predispor o paciente ao CHC. A incidência de CHC em pacientes cirróticos devido à CEP não é bem definida, mas em contextos de cirrose de qualquer etiologia, o risco anual de CHC pode variar de 1% a 5%.

2. Câncer Colorretal (CCR): Há uma associação notável entre CEP e retocolite ulcerativa (RCU), uma forma de doença inflamatória intestinal. Estudos mostram que pacientes com CEP e retocolite ulcerativa têm um risco aumentado de desenvolver câncer colorretal em comparação com a população geral. Estima-se que até 5% dos pacientes com CEP que também têm retocolite ulcerativa desenvolverão CCR. A inflamação crônica do cólon, característica da retocolite ulcerativa, é um fator de risco conhecido para a malignidade colorretal, e a vigilância regular através de colonoscopias é recomendada para estes pacientes.

Essas estatísticas destacam a importância do monitoramento regular e uma vigilância agressiva para detecção precoce de câncer em pacientes com CEP, especialmente aqueles com progressão para cirrose ou que também têm diagnóstico de retocolite ulcerativa.