A paralisia de Bell é a perda de força unilateral, de aparecimento súbito, na face, na topografia relacionada à inervação do nervo facial homolateral. Em geral, a causa é desconhecida, embora alguns casos estejam associados a herpes simples, diabetes, gestação e uma variedade de outras condições. Um pesquisador otorrinolaringologista de referência para o atendimento dessa condição, na Dinamarca, acompanhou 1.701 pacientes com paralisia de Bell, uma vez por mês, até a resolução da paralisia ou até completar um ano, o que ocorresse antes. A recuperação alcançou seu máximo em três semanas, para 85% dos pacientes, e no período de três a cinco meses para os demais 15%. Por essa época, 71% dos pacientes haviam se recuperado completamente. Para o resto, houve uma perda de função quase imperceptível em 12% dos pacientes, leve em 13% e severa em 4%. A recuperação estava relacionada a ser mais jovem, a um quadro de paralisia inicial menos grave e ao início mais precoce da recuperação. Considerando-se o exposto, é CORRETO afirmar que:
Questão
RS - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA
2023
Residência (Acesso Direto)
paralisia-Bell-e-perda1686be90192
A
Pode ter ocorrido o viés de migração neste estudo, que é quando os pacientes que estão melhorando ou piorando muito no quadro clínico são mais propensos a abandonar o estudo.
B
O estudo não possibilita identificar os fatores prognósticos dos pacientes com paralisia de Bell.
C
Não deve ter ocorrido viés de amostragem, porque os pacientes foram atendidos por um especialista em paralisia de Bell.
D
O estudo descrito é um estudo transversal.